Procurando um novo livro para ler de J. Coetzee li este texto da Livraria Cultura...aqui
O livro: Diário de um ano ruim.15/11/2008
por Teúnes Andrade
Nota:
Bom
por Teúnes Andrade
Nota:
Bom
Todos têm direito à opinião. Desconfio que muitos pensam o que não têm coragem de declarar. Nem Coetzee, apoiado em seu nobel, derrama seu pensamento sem medo. ele se esconde atrás de seu personagem, um septagenário mergulhado na solidão, que, senhor de suas idéias, se entrega incontinenti ao deslumbramento de uma jovem e deslumbrante mulher. Difícil é ter a capacidade de autocrítica, e isso Coetzee demonstra de forma singular ao interpor sob os textos de seu pretenso auterego a antítese de seu eu.
Coetzee divide a humanidade em três. Os que se incluem num meio social e se tocam, se desonram diante das iniquidades decorrentes das diferenças sociais, os liberais, que acreditam na individualidade dos seres, onde cada um merece segundo sua capacidade, e aqueles que vivem conforme o vento, não se preocupam com as razões, os motivos para a vida, as mentes infantis e inocentes das crianças. Se os primeiros são incapazes de encontrar uma razão para a vida, e os maquiavélicos segundos acham que tudo é válido em nome do precioso lucro, a terceira ponta do triângulo dá sustento e orienta as outras duas rumo ao caminho, se não da justiça, ou da sabedoria, ao menos da singual realidade que é estar vivo e inevitavelmente morrer.
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