Lendo, relendo o livro CORRESPONDÊNCIA entre Dante Moreira Leite e Jorge Sena (Ed. Unicamp, 1996), destaco trecho da carta de Dante a Jorge Sena de 29 de dezembro de 1967, Araraquara, SP.
[...] A escola, sem novidades, a não ser a manifestação "oficial" dos alunos contra arbitrariedades de nosso amigo HHO. São as velhas histórias que você conhece: trabalhos absurdos, notas idem. Resultado: trabalham o ano todo para a cadeira de português, prejudicam nas outras e são reprovados com Sua Excia. Felizmente estou livre dessa briga, bem como da outera armada pela TTH: como a ERR, assistente da dita, passou para a cadeira de economia, a TTH agora "diz o bicho" da ERR e do ALL (que substitui o Paul Singer). E não diz pouco: o primeiro que a passagem era por motivos amorosos, como essa não deu certo, agora sustenta, nada mais, nada menos, que ALL é veado e que leva homens para a faculdade. Mas essas histórias só aumentam a revolta dos alunos contra TTH - e você calcula o desespero da ilustre dama, cujo prazer é dominar o ambiente.
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São os lados obsclaros das universidades - públicas e privadas -, quando algumas pessoas, homens e mulheres - resolvem ser os alfas do pedaço. Em 2011 e em 1967 também. Não sei é consolo, não. Hoje, encontrei-me com um colega que me disse que os alunos disseram e que a secretária disse. Fui até a secretária pus as coisas a limpo. Ôh, Instituto Butantã.
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