A Mary tinha abandonado o Blog dela. Eu gosto muito de ler o que ela escreve. Não pensamos da mesma maneira, mas a Mary tem a performance de trazer a gente pro debate. Além disso, ela diz coisas bacanas. Aqui ela comenta o debate com os presidenciáveis com o BO(M)nner, da Globo. O Bonner é irritante demais. Tão claramente serrista que faz ex-querda petista querer votar na Dilma. O jornalista (sic) não deixou a Dilma falar. Nem a Marina. Tucanou e irritou. Desse jeito a Dilma nem precisa fazer campanha. A opozissão faz pra ela.
Da Mary em A FEMINISTA
Tem algumas coisas que a gente aprende que são raras. Uma amiga me ensinou uma dessas coisas raras. Numa conversa sobre Parada Gay. Foi dito, na ocasião, que os participantes da Parada não nos representavam. Que eram folclóricos e espalhafatosos demais. E essa amiga me disse que pra eu me sentir representada, eu deveria ir. Porque aí teria, né? Uma lésbica como eu por lá. Uma aprendizagem rara essa porque me fez perceber o mundo melhor. E eu no mundo etc. O caso é que eu estou profundamente irritada com a militância petista nessa eleição. Eu votar na Dilma com uma confiança única. Há tempos que eu não voto com tanta convicção. Eu fiquei muito desapontada com o primeiro mandato do Lula. E em 2006 cheguei a pensar no voto nulo. O segundo mandato, entretanto, foi redentor. Na minha opinião. Eu concordo conceitualmente com esse governo. O foco nas políticas sociais. A política externa que tira os EUA do centro. Mesmo o conservadorismo da política econômica faz mais sentido pra mim hoje. Eu fiquei bastante impressionada com a marolinha. Vivi num país que quebrava se a Rússia quebrasse. WTF? Na minha área de atuação, tenho um monte de críticas. Mas prefiro o conceito. O governo federal voltou a investir em universidades públicas. Novas federais foram criadas. Ouvi dizer que foram 9. A impressão é de que foram mais. O financiamento para que os alunos cursem particulares também é recorde. Do ponto de vista do meu umbigo, é coisa séria. A diminuição drástica disso pode fazer com que faculdades quebrem. A minha é séria candidata a quebrar caso haja o fim dessa política. O Zé Serra, quando eleito governador de São Paulo, acabou com o Escola da Família. Esse programa do Alckmin é uma bolsa estadual pros alunos fazerem faculdade. Em troca eles trabalham pro estado no fim de semana. A gritaria foi tão grande que o programa voltou, mas bem reduzido. Eu não acho mesmo que o Brasil tem condição de enxugar o estado desse tanto que o Serra acredita. Porque eu acredito e dou aula sobre vivermos hoje a Sociedade da Informação. E que a infraestrutura é apenas o início das coisas. Existe uma esfera mais complexa que o governo precisa dar conta. O Serra, me parece, acredita que o Estado deve investir só no harware. Eu acredito firmemente que tem que investir no software também. Bolsa de estudo é software. Por outro lado, eu tenho ficado um pouco de saco cheio da campanha. Dá vontade de nem ser parte desse grupo. A gota d'água foi a boa entrevista de ontem no Jornal Nacional. A Dilma que deu a entrevista. Pro casal fofura. E depois até perdi um tempo atrás disso. E vi meus próprios arquivos sobre 2006. E assisti as entrevistas da eleição passada. Porque eu me lembrava tão bem disso. Dessa tentativa do Bonner e da Bernardes. De se tornarem relevantes na campanha. Fazerem uma entrevista que pode se tornar tradicional. Me lembro de comemorar o mau desempenho do Alckmin. De rir da Heloísa Helena chamando a Fátima de "meu amor". Daí lendo coisas, me lembrei que a Folha criticou a entrevista do Lula. Porque o Bonner o chamou de "candidato" o tempo todo. E eu tava na faculdade durante o JN. E o twitter reagiu imeadiatamente. De forma histérica, como se a Dilma tivesse sido vítima de ataques variados. E então eu assisti. E não vi nada, né? E eu vejo algumas coisas. Eu vejo que a Folha apóia a candidatura tucana. Acho mesmo que deveria explicitar. Eu noto que a Veja se tornou representante do conservadorismo "minha avó". Mas aí eu vejo o Paulo Henrique Amorim dizer que o Sergio Leo é representante do PIG. Porque questionou algumas ações do governo. Com licença, né? Eu gosto muito do Nassif, por exemplo. Mas ele não é um jornalista independente. Ele é governista. E não tem problema NENHUM nisso. O PHA eu gosto também. Leio e sigo. Mas ele erra a mão um monte. Ele faz manchetes sensacionalistas. Ele sofisma em todos os textos. Não pode ser *a* fonte de informações das pessoas. Eu tava super sem ler blog. Agora eu voltei e tals. Por conta da eleição mesmo. E porque li um post no NPTO (sobre o diploma do Serra) que me fez acreditar. Que é possível declarar voto e manter o senso crítico e tals. Daí que eu preciso me representar mesmo. Eu sou petista. Eu voto na Dilma. Mas, né? Não curto histeria. Não faço histeria. Preciso, então, cobrir a eleição eu mesma. A cauda é longa, dizem por aí.
Sobre a entrevista. Foi incrível. Algumas perguntas se referiram mesmo a incômodos. Aliança com Sarney e Collor. A resposta da Dilma não foi demagógica. Precisamos deles pra conseguir governar. Mas incomoda alguns. Eu, por exemplo, me incomodo demais. Sobre a questão dela ser grossa. Que é mesmo uma construção a respeito dela. E ela disse isso. Aí ela tentou uma metáfora no estilo Lula. Eu considero boa a resposta, mas não é o que EU gosto de ouvir. Aí o Bonner falou que o Brasil cresce mas cresce menos que outros. Super pertinente. Ué. Se é nesse nível a discussão, é nesse nível. Que bom que o Brasil cresce e agora é comparado com quem cresce. A Dilma foi ótima na resposta porque, né? O governo é bom nisso. E ainda deu uma nele, no que diz respeito à Rússia. A Fátima Bernardes falou de habitação. Eu gosto de perguntas pontuais assim. A Dilma falou do censo. E nossa. Eu tenho certeza absoluta que esse censo vai ser uau. E aí explicou que os dados, embora recentes, estão defasados. Ela é uma mulher de infraestrutura, jamais cairia numa pergunta assim. O Lula é mais software que ela. Aí ela encerrou, sorriu. Ela não é fofa e acho melhor que não tente ser. O Serra tenta ser fofo e é bem patético. Vide capa da Veja ou a entrevista da gripe suína que ele ficou falando de "porquinho". Além disso, a gente vê os vídeos caseiros dele. A tentativa de fofura acaba virando cantada. Sempre fala de mulher bonita e não sei quê. Ambos são candidatos mais harware. A Marina que é a software da vez. Mas, né? No debate o Serra começou com uma pergunta que me pareceu boa. Ele falou das APAEs. Assunto software. A Dilma claramente não tinha idéia do que ele tava falando. Ela sabe quantas federais CONSTRUIU. Mas isso daí ela não tem muita idéia. Então pareceu bom. Mas ele também não sabe. Então é ridículo. Na hora que ele fez a pergunta, eu já sabia o porquê. E eu nem sabia a informação. Mas pensei. É porque a idéia é mandar os alunos pra escola ao invés de excluí-los nas APAEs. Porque eu sou uma pessoa software. Aí vira aquela bosta lá. Os dois querendo construir APAE. Eu tô no meio de um debate agora, no trabalho. Porque vai ter curso de Libras pros alunos, online. E os fonoaudiólogos da faculdade são contra. Eles acreditam mesmo que o deficiente auditivo tem que tentar falar e ouvir. Libras atrapalha o processo. Eu me interesso demais por essas discussões. A administração hardware da faculdade, entretanto, apoiada pelo MEC, já fez *o* esquema da Libras. E tem professor e material didático interativo e tals. Da parte que me toca, eu ficava conversando com uma fonoaudióloga baixinha que tem lá. E ela me explicando isso tudo. E raridade que é um caso ZERO de audição. Agora eu não converso mais com ela. Porque ela tá de licença-maternidade. Qualquer dia eu conto que fofo é o marido dela. Um dos mais fofos que eu já vi. Anyway. A pergunta da APAE ignora isso tudo aí. Toda essa discussão a respeito da inclusão e de como ela deve ser feita. E aí a gente teve que inferir o negócio. Porque nenhum nem outra deu conta de explicar pra nóis. Eu não sei se eu vi o debate inteiro. Vi trechos e tal. Porque, né? Houve a tragédia do Morumbi*.
*Eu tive um sonho assim, com esse jogo. Sonhei que eu tinha ido pro Rio de Janeiro me encontrar com uma menina. Xaveco e tals. Quando eu cheguei lá, liguei pra ela. E ela me disse que não ia poder me encontrar. Por que?, eu quis saber. Ela respondeu que o namorado gaúcho dela estava na cidade. Aí minha amiga lôra me levou pra sair. E chegou essa menina com o namorado gaúcho. E ele estava com a camisa do Inter. Aí eu briguei com o marido da lôra e fiquei no Rio de Janeiro sem ter onde dormir. Ligava pra um monte de gente e ninguém me atendia. E o cara sentado na minha frente. Com a camisa do INTER. Na véspera do jogo eu sonhei isso.
Sobre a entrevista. Foi incrível. Algumas perguntas se referiram mesmo a incômodos. Aliança com Sarney e Collor. A resposta da Dilma não foi demagógica. Precisamos deles pra conseguir governar. Mas incomoda alguns. Eu, por exemplo, me incomodo demais. Sobre a questão dela ser grossa. Que é mesmo uma construção a respeito dela. E ela disse isso. Aí ela tentou uma metáfora no estilo Lula. Eu considero boa a resposta, mas não é o que EU gosto de ouvir. Aí o Bonner falou que o Brasil cresce mas cresce menos que outros. Super pertinente. Ué. Se é nesse nível a discussão, é nesse nível. Que bom que o Brasil cresce e agora é comparado com quem cresce. A Dilma foi ótima na resposta porque, né? O governo é bom nisso. E ainda deu uma nele, no que diz respeito à Rússia. A Fátima Bernardes falou de habitação. Eu gosto de perguntas pontuais assim. A Dilma falou do censo. E nossa. Eu tenho certeza absoluta que esse censo vai ser uau. E aí explicou que os dados, embora recentes, estão defasados. Ela é uma mulher de infraestrutura, jamais cairia numa pergunta assim. O Lula é mais software que ela. Aí ela encerrou, sorriu. Ela não é fofa e acho melhor que não tente ser. O Serra tenta ser fofo e é bem patético. Vide capa da Veja ou a entrevista da gripe suína que ele ficou falando de "porquinho". Além disso, a gente vê os vídeos caseiros dele. A tentativa de fofura acaba virando cantada. Sempre fala de mulher bonita e não sei quê. Ambos são candidatos mais harware. A Marina que é a software da vez. Mas, né? No debate o Serra começou com uma pergunta que me pareceu boa. Ele falou das APAEs. Assunto software. A Dilma claramente não tinha idéia do que ele tava falando. Ela sabe quantas federais CONSTRUIU. Mas isso daí ela não tem muita idéia. Então pareceu bom. Mas ele também não sabe. Então é ridículo. Na hora que ele fez a pergunta, eu já sabia o porquê. E eu nem sabia a informação. Mas pensei. É porque a idéia é mandar os alunos pra escola ao invés de excluí-los nas APAEs. Porque eu sou uma pessoa software. Aí vira aquela bosta lá. Os dois querendo construir APAE. Eu tô no meio de um debate agora, no trabalho. Porque vai ter curso de Libras pros alunos, online. E os fonoaudiólogos da faculdade são contra. Eles acreditam mesmo que o deficiente auditivo tem que tentar falar e ouvir. Libras atrapalha o processo. Eu me interesso demais por essas discussões. A administração hardware da faculdade, entretanto, apoiada pelo MEC, já fez *o* esquema da Libras. E tem professor e material didático interativo e tals. Da parte que me toca, eu ficava conversando com uma fonoaudióloga baixinha que tem lá. E ela me explicando isso tudo. E raridade que é um caso ZERO de audição. Agora eu não converso mais com ela. Porque ela tá de licença-maternidade. Qualquer dia eu conto que fofo é o marido dela. Um dos mais fofos que eu já vi. Anyway. A pergunta da APAE ignora isso tudo aí. Toda essa discussão a respeito da inclusão e de como ela deve ser feita. E aí a gente teve que inferir o negócio. Porque nenhum nem outra deu conta de explicar pra nóis. Eu não sei se eu vi o debate inteiro. Vi trechos e tal. Porque, né? Houve a tragédia do Morumbi*.
*Eu tive um sonho assim, com esse jogo. Sonhei que eu tinha ido pro Rio de Janeiro me encontrar com uma menina. Xaveco e tals. Quando eu cheguei lá, liguei pra ela. E ela me disse que não ia poder me encontrar. Por que?, eu quis saber. Ela respondeu que o namorado gaúcho dela estava na cidade. Aí minha amiga lôra me levou pra sair. E chegou essa menina com o namorado gaúcho. E ele estava com a camisa do Inter. Aí eu briguei com o marido da lôra e fiquei no Rio de Janeiro sem ter onde dormir. Ligava pra um monte de gente e ninguém me atendia. E o cara sentado na minha frente. Com a camisa do INTER. Na véspera do jogo eu sonhei isso.
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