TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Livros chatos, universidade idem...Uauuuuu


Do Blog da Mary, A feminista

Eu dou aula de Antropologia pro curso de jornalismo esse semestre. E SÓ. Todas as outras disciplinas eu NUNCA ministrei antes. Então estou trabalhando tanto e lendo tanta chatice e algumas outras coisas legais. E tentando dar personalidade pras matérias e coisas assim. Nada pra mim supera, em chatice, discussões pedagógico-educacionais. Tipo a influência do liberalismo na obra de Anísio Teixeira. Detesto. Mas leio. Conforme, até ensino. Chatice também é uma parte que estou tendo que estudar, sobre revolução digital e como isso afeta essa bosta de sociedade.

Estou lendo o livro mais chato do mundo. Que deve ser também o mais grosso. Comprei um outro, mais light. Pra poder fazer alguma picaretagem, né? Pierre Lévy, não posso nem ver. Chato. E eu VOMITO quando escuto a expressão "inclusão digital". Mas tem um livro que eu tô adorando ler. Eu tenho um pouco de vergonha de dizer. Porque tenho a impressão que não é boa coisa. Ele explica no livro* dele como a profissão de professor foi sempre algo ralé. Diz que na Roma Antiga era o pior emprego que existia. Ele fala que a profissão nem mesmo existe. Que ela é um bico. Aqueles que têm competência, abandonam a docência ou nem sequer a cogitam. Essas coisas ele fica falando. Como a minha pergunta existencial favorita tem sido por que, diabos, eu prestei vestibular de sociologia?, tô adorando o livro. É véio. Eu achei nas coisas do meu pai. Da década de 70. Ele chama o Rio de Janeiro de Guanabara. E diz que um professor de universidade pública da Guanabara ganha menos que um contínuo de Ministério. Tem um capítulo que ele diz que a única idéia que o governo brasileiro tem pra conter a evasão escolar é servir merenda. Hé. Eu quero escrever um post sobre esse negócio que ele fala da merenda. Sei que ele fica falando no livro o quanto professor é picareta. E não dá aula e se é concursado nem aparece ou vive de licença. Em 1975, dos 30 mil professores, 3 mil estavam de licença. Ele fala também que professor da USP vive dando palpite mas NUNCA oferece aumentar o número de aulas, pra que mais pessoas tenham acesso. Nenhuma proposta de professor envolve mais trabalho de docência. Professor quer fazer pesquisa e não sei o quê. Dar aula ninguém quer. Um bico, né? Lá na Guanabara, só 60% dos professores primários liam livros de qualquer espécie. Ai. Ele cita questões esdrúxulas que os professores elaboram pra vestibular:
Diga qual foi o primeiro pensamento que Cleópatra teve ao trair o seu primeiro marido.
Hé. Caiu no vestibular em 1974. Na UFRJ. Ê, Guanabara véia de guerra. Sei que o moço apronta nesse livro. Tô adorando. Mesmo sabendo que eu não posso. Ai. O ministro da Educação dos EUA veio no Brasil. E foi lá na Universidade de Santa Maria. Sabe o que ele falou pro reitor? Quando o meu país for rico, farei uma universidade como a sua. O reitor, tosco, não percebeu a ironia. E ficou contando pra todo mundo. Tinha, então, até uma piscina olímpica aquecida na Universidade. E isso causou tumulto. E o ministro Jarbas Passarinho (sic apud ibidem) pediu satisfação. Porque nunca houve um nadador de destaque por lá. Eu penso que em Santa Maria faz um frio do cacete. Então achei mais engraçado do que crítico. Sei lá desse livro. Se é bom ou não. Tô lendo. E quase não tô usando pra preparar as aulas. Então virou funny things in my life. As outras coisas que eu estou lendo que estão me cansando mesmo. E minha grosseria. Todo dia eu me arrependo de algo que falei no trabalho. Minha psicóloga me ensinou a "limpar" essas pequenas culpas cotidianas. Que super me atormentam. Mas eu não tenho conseguido.
*Tem 4 referências sobre o livro no google. Q-U-A-T-R-O. Hahahahaha. Morri. Meu guru não tem seguidores.


Comentário: Mary, se eu te conto coisas que sei da universidade vc irá chorar mais ou RIR, pois RIR faz bem... Nem vou contar senão...

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