TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

É podre, é podre, é podre!


Do BLOG de Ricardo Noblat -
Crise Aérea
Denúncia de brigadeiro não será apurada pela Anac
No seu último dia como presidente da Infraero, o brigadeiro José Carlos Pereira acusou Denise Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de ter feito tráfego
No seu último dia como presidente da Infraero, o brigadeiro José Carlos Pereira acusou Denise Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de ter feito tráfego de influência para beneficiar um amigo com a transferência do movimento de cargas dos aeroportos de Congonhas e Viracopos para o de Ribeirão Preto.

Por que o brigadeiro não fez tal acusação antes? Não se sabe. Mas é uma acusação grave, que precisa ser desmontada ou confirmada. Que não pode ficar por isso mesmo. Que não deveria ficar.

Mas o que anunciou ontem à tarde o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, ex-vendedor de passagens de avião? Que a corregedoria da agência não será acionada para investigar a denúncia feita pelo brigadeiro. E por que? Zuanazzi com a palavra:

- Essa denúncia não existe porque a Anac não é responsável por licitações.

O brigadeiro não disse que a Anac é responsável por licitações. Disse que Denise fez trâfego de influência para favorecer os negócios de um amigo.

Ela pode ter procedido assim dentro ou fora da Anac. Fora: no ministério da Defesa, por exemplo. Ou em qualquer outra área do governo.

Diante de denúncia tão grave, formulada por um brigadeiro considerado sério pelo governo pelo menos até a semana passada, o que fará o governo que se diz inimigo de morte da corrupção e dos maus costumes?

Nada. Não fará nada. Porque de fato ele não é inimigo de morte da corrupção e dos maus costumes. Ele diz que é porque não poderia dizer o contrário.


TAM, a melhor empresa do ano
A TAM foi eleita a melhor empresa do setor de transportes de 2006 pela revista Exame. O prêmio Maiores e Melhores, concedido anualmente pela publicação, foi anunciado na noite desta terça-feira, mas os executivos da TAM declinaram de receber o prêmio em respeito às vítimas do acidente. (Agência Estado)


Coronel aponta quem atrasa as investigações
De Andreza Matais na Folha de S. Paulo, hoje:

"Responsável por investigar o acidente com o avião da TAM, o coronel Fernando Camargo acusou ontem a Anac, a Infraero e a companhia aérea de atrasar os trabalhos do Cenipa (Centro de Investigação Aeroportuária) por não encaminhar documentos que serão usados no cruzamento de informações com os dados das caixas-pretas.

Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, ele disse ter menos dados que os deputados. "Eu sei que a comissão já tem gravações de controle de tráfego. Eu ainda não os recebi." Ele afirmou que ainda não tem documentos solicitados à Anac e à Infraero, e que o Cenipa investigará o acidente "quando pudermos analisar a totalidade da documentação".

O coronel disse que, ao contrário da CPI, não tem poderes para requerer os documentos. As dificuldades, conforme demonstrou, não estão apenas em adquirir os documentos.

Camargo afirmou que o comportamento da TAM levou a Aeronáutica a enviar para os EUA entulho em vez da caixa-preta do avião. Ele relatou três tentativas da Aeronáutica de confirmar se o equipamento encontrado era mesmo a caixa-preta, todas negadas pela TAM, o que levou a Aeronáutica a um "equivoco grosseiro", afirmou". Assinante da Folha leia mais aqui

A herança maldita da Infraero
De O Estado de S. Paulo, hoje:

"Procuradores do Ministério Público Federal ouvidos nesta terça-feira na CPI do Apagão Aéreo no Senado acusaram a Infraero de fraudar licitações, superfaturar obras e privilegiar o conforto e o fluxo de passageiros, em vez da segurança nos aeroportos.

A procuradora da República em São Paulo Suzana Fairbanks Lima afirmou que a torre de controle no Aeroporto de Congonhas não só não constava de um pacote de obras licitadas em 2004, como, após a reforma do terminal de passageiros, ficou mais baixa e precisa ser elevada para melhorar a visibilidade dos controladores de vôo.

- Parece piada, mas é o que aconteceu - disse Suzana.
Ela afirmou que houve superfaturamento na construção de fingers, os corredores que ligam os aviões ao terminal de passageiros, evitando que o embarque e o desembarque se dê via ônibus. Segundo Suzana, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que cada finger custaria R$ 630 mil. O preço pago, porém, foi 349% maior, atingindo R$ 2,2 milhões por unidade". Leia mais aqui

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