TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Velhacos erram e depois choram.... E nós ainda temos que tolerá-los


DO BLOG DO JOSIAS

Seis dias depois de ter sido atropelado por um grampo telefônico comprometedor, Joaquim Roriz (PMDB-DF), escalou a tribuna do Senado para se defender. Ele proibiu os apartes, chorou, vociferou contra a imprensa, criticou o vazamento de informações sigilosas, declarou-se devoto de Nossa Senhora, etc, etc e tal. No essencial, nada acrescentou ao frágil conteúdo de uma nota oficial que divulgara no início da semana.
Roriz é assediado pela suspeita de ter partilhado rateio de um cheque de R$ 2,2 milhões cuja origem encontra-se sob investigação policial. O senador alega que o dinheiro era de Nenê Constantino, presidente do conselho de administração da Gol, de quem teria tomado emprestado R$ 300 mil. Diz ter usado o dinheiro para pagar uma novilha que arrematara em leilão.
O cheque era do Banco do Brasil. Mas foi descontado no Banco de Brasília. Nada a estranhar, acredita Roriz: “Trata-se de operação legal, que as instituições bancárias normalmente realizam, com o propósito de atrair clientes de grande porte, como é o caso do beneficiário do cheque. Qual o banco neste país que não gostaria de ter Nenê Constantino como cliente?”
Roriz é um homem rico. Ele próprio reconhece: “Nasci em excelentes condições de vida, em família abastada. Com meu trabalho, ao longo dos anos –antes de fazer política eu era empresário—, aumentei o patrimônio do meu saudoso pai. Tenho negocio de criação de gado de raça, de alta tecnologia”.
Por que diabos teve de pedir dinheiro emprestado? “No dia deste empréstimo, naturalmente, não disponha dos recursos para realizar o pagamento”. Por que não recorreu às suas empresas, tão prósperas? “Tenho empresas, várias empresas. Mas não funciono em nenhuma delas, porque a vida pública não permite. Quem administra são as minhas filhas. Portanto, por esta razão, socorri-me com um amigo.”
E quanto aos diálogos telefônicos, cujo conteúdo sugere coisa diferente do que diz o senador? “Não posso ser tratado dessa forma maliciosa só pela infelicidade de diálogos que mantive com presidente do BRB. Sabe-se que numa conversa telefônica entre amigos [...] nem sempre as expressões utilizadas têm a exata correspondência com o contexto da mensagem pretendida. Sou um homem simples, de fala simples, de expressões normais do dia-a-dia”.
O senador recorreu a um gesto que, por teatral, tem efeitos jurídicos nulos. Brandiu duas folhas de papel assinadas em branco. Disse que as entregaria à Mesa diretoria do Senado, para que fossem remetidas ao STF e à Polícia Federal. “Escrevam o que quiserem”, disse Roriz. Sugere que sejam quebrados os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Algo que, obviamente, não pode ser feito senão por meio do devido processo legal, mediante autorização judicial.
De resto, Roriz encaminhou aos senadores e ao Conselho de Ética do Senado documentos que, segundo diz, atestam a veracidade de suas palavras. Em meio aos papéis, há um “contrato de mútuo” sem registro em cartório, além de nota fiscal e depósito cujas datas não guardam coerência com o período em que teria tomado o suposto empréstimo.
Roriz fez questão de solidarizar-se com o colega Renan Calheiros que, como ele, está sendo "massacrado" pela imprensa. No finalzinho do discurso, fez questão de dizer também que, embora tenha sido contrário ao ingresso do PMDB na coalizão governamental, votou a favor de todos os projetos que Lula enviou ao Congresso. “E continuarei votando.”
Concluída a sua fala, Roriz disse que seguiria para um encontro divino: “Vou sair e prostrar-me de joelhos, na Catedral de Brasília, e orar até anoitecer. Vou agradecer a Deus e a Nossa Senhora por terem me dado forças para vir aqui, para dizer a verdade e somente a verdade.” A julgar pela audiência do discurso, Roriz terá de rezar outras vezes.
Dos 81 senadores, apenas 13 se dignaram a comparecer ao plenário. Do partido de Roriz, o PMDB, dono de uma bancada de 20 senadores, só havia quatro. O líder Valdir Raupp (PMDB-RO) limitou-se a dizer que está “na torcida” para que Renan consiga sair do episódio “com a cabeça erguida”.
Escrito por Josias de Souza às 17h41

COMENTÁRIO: e o velhaco ainda foi rezar! Valha-me qulaquer coisa!

2 comentários:

Anônimo disse...

Será que ele acha que todo mundo é ingênuo ao ponto de acreditar na história dele?

Anônimo disse...

Marta

Como pode tanta cara de pau?


beijos!

JUJU me abandonou?

buá!

elisabete cunha

Braziu!

Braziu!

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