TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 22 de maio de 2011

E a Capes, óh.....



GRATA, Andreas e Patrícia Lessa


Mi total solidaridad para con mi amiga de hace 25 años Marta Bellini y con las/sus/mis luchas por un mundo menos discriminador y más igualitario! Andreas L. Doeswijk

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Assunto:

MANIFESTO DE APOIO À MARTA BELLINI ESCRITO PELA PROFª PATRÍCIA LESSA



APOIO FEMINISTA AO MANIFESTO DA DOUTORA MARTA BELLINI,

Carta dirigida aos grupos de pesquisa em estudos feministas e estudos de gênero, feministas autônomas, grupos LGBTTs, entidades governamentais e não-governamentais em gênero e educação, pesquisadores/as em gênero e educação, companheiras e companheiros sensíveis às causas de gênero e sexualidade,

Escrevo em apoio ao Manifesto (mensagem abaixo) da Drª Marta Bellini, professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação para o Ensino da Ciência e da Matemática (PCM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com quem ministrei as disciplinas:AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: TEORIA E APLICAÇÕES ÀS CIÊNCIAS E À ANÁLISE DA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA (em 2009 e 2010) e METODOLOGIA DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO PARA A CIÊNCIA E A MATEMÁTICA (em 2010).
A mesma professora, ainda, sugeriu a criação da disciplina CIÊNCIA, SEXUALIDADE E GÊNERO NO ÂMBITO EDUCATIVO, planejada por mim e pelas colegas Drª Ana Maria Benevides (PCM/UEM) e Drª Eliane Maio Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM).
Ana Maria Benevides, segundo as últimas sugestões da Capes acatadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PPG), passa a ser colaboradora do programa, e, a professora Eliane Maio, como é de outro programa não pode se responsabilizar pela disciplina. Com isso, deduzimos que após as últimas medidas tomadas contra o PCM, a disciplina provavelmente não será ministrada no segundo semestre de 2011 como estava prevista em nossas agendas e dos/as academicos/as.
Em 2010, a então coordenadora do PCM, Drª Marta Bellini solicitou que a UEM apurasse algumas irregularidades administrativas da coordenação anterior, cujo responsável era o professor M. Neves. Tudo foi entregue e documentado na UEM. De lá para cá quase nada se comenta sobre a apuração dos documentos encaminhados pela referida professora, mas o PCM sofreu vários ataques da PPG sob o escudo dos avaliadores/inquisidores da Capes, tudo direcionado para o retorno do professor Marcos Cesar Danhoni Neves, sem que as denuncias tenham sido investigadas e o caso resolvido. Mas, eles dizem que uma coisa não está relacionada a outra!
Desde a informal visita dos professores Dr. José André Peres Angotti e Dr. André Luis Mattedi Dias (apresentado em relatório à PPG/UEM), nos dias 28 e 29 de outubro de 2010, comecei a questionar o tratamento diferencial entre o acusado: Marcos Cesar Danhoni Neves, nomeado no relatório como "o Pesquisador", e a Drª Marta Bellini. Além disso, os dois dias da visita foram bastante peculiares, as entrevistas foram realizadas em grupos fechados. Perguntamos: quais foram os critérios e quem distribuiu os grupos para os avaliadores externos? De que área são os avaliadores? da mesma área do professor Marcos Cesar Danhoni Neves?
Na segunda visita os professores sugeriram o meu desligamento do programa. Hoje a PPG cumpriu a tarefa. Nessa sexta-feira 13 fui desligada e minhas duas orientandas, pesquisadoras na área de sexualidade, estão formalmente sem orientação. De modo informal, disse a elas, e digo a vocês, estarei com elas até o dia das defesas. A comissão da PPG que me desligou, juntamente com outros/as colegas, ao ser perguntada sobre se os professores/as desligados/as tinham orientandos/as não soube responder. O que demonstra um total descaso com os/as estudantes. A falta de uma preocupação pedagógica, educacional e humanista é visivel nesse caso. Meus dois projetos em andamento, agendados para qualificação no segundo semestre, são sobre a inclusão das travestis no ensino e a discussão da sexualidade na escola.Pergunto: quem ira orientá-las? Será que escrever sobre travestis não é um tema que se pesquise em educação para ciências? Não é de admirar que seja sugerida a mudança de tema, pois, os/as tranvestis já são excluídos/as do espaço escolar, agora quem sabe, também, do conhecimento!
As perguntas que não querem calar são: Quem irá orientar minhas duas ex-orientandas? Como ficam os projetos de qualificação planejados para o segundo semestre de 2011? A disciplina “CIÊNCIA, SEXUALIDADE E GÊNERO NO ÂMBITO EDUCATIVO” será ministrada por quem? Será ministrada ou termina aqui?
Quanto a mim, forjada no seio das batalhas feministas, graças aos conhecimentos e ações compartilhados/as por muitos/as dessa lista, serei solidária a companheira, amiga e colega Marta Bellini e minhas duas ex-orientandas (soa estranho isso!), pretendo lutar até o fim contra tamanha injustiça, egoísmo e má administração pública.
Nosso Grupo de Estudo das Pedagogias do Corpo e da Sexualidade (GEPECOS) trabalhou e tem trabalhado ativamente em eventos na área de Estudos Feministas e de Gênero, seja, participando nas discussões em educação, educação para ciência ou educação informal. Participamos com uma mesa redonda intitulada: PEDAGOGIAS DO CORPO Y TECNOLOGIAS DE GÉNERO na Argentina em 2010, por mim coordenada, na qual estavam presentes dois pós-graduandos da UEM, um deles do PCM; levamos um ônibus com mais de 20 trabalhos (vários do PCM) para serem apresentados no Evento Internacional "Fazendo Gênero", na Universidade Federal de Florianópolis em 2010; apresentamos vários trabalhos (vários de PCM) e propomos atividades no II Simpósio Internacional de Educação Sexual (SIES) em Maringá em 2011.
Caso o PCM avalie que este grupo de pesquisa não serve para encaminhar discussões pedagógicas e pesquisas na área de Educação para Ciência, não iremos sucumbir, vamos sim, buscar outras redes que encampem as questões de gênero e sexualidade, que conforme os desfechos desse caso, somente somos fortalecidas a acreditar que é uma discussão urgentíssima nas IES brasileiras, principalmente nas áreas das ciências ligadas à educação, à matemática e à física, que são redutos, geralmente, machistas.
Além disso, com esse processo de desligamento do PCM penso que, os grupos de gênero e sexualidade devem pressionar a Capes para inclusão das revistas de grande circulação em estudos feministas, gênero e sexualidade em diversas áreas, principalmente aquelas relacionadas à educação. E que levem em consideração as publicações que tenho na Revista de Estudos Feministas, que é uma revista importante na área de minhas pesquisas.
É na educação que devemos pensar essas questões, e, em nome da educação apoiar a Dra. Marta Bellini, que está sendo vítima de misoginia, quando suas denuncias sérias são reduzidas a desavenças pessoais com o Marcos Cesar Danhoni Neves.
E olhos vermelhos dela, assim como os meus e das companheiras de lutas... Não se iludam, é raiva!

Saudações feministas,


Patrícia Lessa – GEPECOS/UEM
Maringá, 13 de maio de 2011.



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