TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 21 de outubro de 2007

No país das empulhações...


Elio Gaspari FSPaulo

O RioCard Expresso é um pastel de vento
A $elvageria dos rodocratas é coisa velha, a novidade é o governador festejar um babilaque inútil
O GOVERNADOR DO RIO, Sérgio Cabral Filho, e seu secretário de Transportes, Júlio Lopes, participaram de uma tertúlia na Federação das Empresas de Transportes. Lançaram o RioCard Expresso, um cartão magnético que permite ao cidadão comprar por R$ 40 um crédito para andar de ônibus, sem desconto. Um painel festejava o evento informando: "Tendência mundial".

Empulhação a serviço do atraso, na contramão do mundo. Não existe cartão de transportes que embolse o dinheiro do usuário sem oferecer algum bônus. Festejaram o nada numa cidade onde vigora um regime de tarifas paleolíticas.

Se um sujeito pega um ônibus em Madureira, desce na Central e dali vai a Copacabana, desembolsa R$ 4.

Em São Paulo, com o Bilhete Único, paga R$ 3,50.Um trabalhador que toma duas conduções para ir e vir de casa ao trabalho durante 24 dias do mês paga R$ 192 no Rio, R$ 168 em São Paulo e R$ 144 em Nova York, onde pode usufruir de um bônus de 20%.A $elvageria dos rodocratas do Rio é assunto velho.

A novidade é o governador festejar um babilaque inútil. (Dão uma passagem grátis a quem devolve o cartão usado, o que equivale a um cascalho de 5%.) Quem ganha são as empresas de ônibus, que faturam um adiantamento de receita.

Não é honesto comparar o RioCard com os cartões de telefonia pré-pagos. Os clientes das operadoras dispõem de descontos de até 20% sobre as diversas modalidades de tarifas. No caso dos ônibus do Rio, o freguês paga R$ 2,00 mesmo quando viaja nas madrugadas de domingo.

Em São Paulo, há hoje 10,5 milhões de usuários/dia do Bilhete Único. O desconto de 8% para clientes habituais do Metrô (mimo cassado por Geraldo Alckmin e restabelecido por José Serra) chegou a 103 mil passageiros/dia em apenas seis meses.A Fetranspor informa que em 2008 embutirá nos cartões um programa de descontos. Viva. O Metrô do Rio, faz tempo, diz a mesma coisa. Avoé.
Em janeiro passado, Sérgio Cabral prometeu que, até o final de 2008, instituirá o bilhete único na cidade. Aleluia, faltam 14 meses. Até lá, poderiam evitar empulhações.

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