TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cap-tirada do Blog do Josias de Souza
Imagem: da VEJA
DEM decide aderir à CPI contra a tucana Yeda no RS
Complicou-se o drama político da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB).

Reuniu-se nesta segunda (18) a direção do DEM no Rio Grande do Sul.

Embora integre a gestão Yeda, o DEM decidiu aderir à CPI contra a governadora.

A bancada ‘demo’ aguarda apenas pela definição do PDT local.

Dono de uma tropa de seis deputados estaduais, o PDT pende para o apoio à CPI.

Dois dos seis integrantes do PDT hesitam em assinar o pedido de CPI.

Mas os outros quatro mostram-se dispostos a apoiar o pedido, formulado pelo PT.

No momento, o pedido de CPI conta com 12 assinaturas. São necessárias 19.

Confirmando-se a adesão do PDT –total ou parcial—chega-se perto desse número.

Daí a importância da decisão tomada pelo DEM.

O deputado Paulo Borges, líder do DEM na Assembléia, não deixou dúvidas quanto à posição a ser adotada pelo partido:

“Vamos aguardar a movimentação do PDT, que é o maior partido e tem pelo menos quatro assinaturas...”

“...Se obtivermos essas assinaturas, estaremos assinando junto, sem dúvida nenhuma”.

O vice-governador de Yeda é o ‘demo’ Paulo Feijó (na foto lá do alto). Está brigado com Yeda.

Desde o ano passado, Feijó fustiga o governo de que participa com denúncias.

Uma de suas iniciativas foi a organização de um dossiê.

O calhamaço incluiu papéis que reforçam a suspeita de que as arcas eleitorais de Yeda foram borrifadas, em 2006, com verbas de má origem.

O repórter Igor Paulin trouxe à luz um dos documentos colecionados por Paulo Feijó.

Foi exposto nas páginas da última edição de Veja (só assinantes). Trata-se de um e-mail que Feijó enviou a Rubens Bordini.

Quem é Bordini? Hoje, responde pela vice-presidência do Banrisul.

Na época da campanha era o tesoureiro oficial do comitê de Yeda Crusius.

Na mensagem eletrônica endereçada a Bordini (veja reprodução abaixo), Feijó dá notícia da coleta de R$ 25 mil.


O dinheiro foi doado à campanha de Yeda pela Simpala, uma concessionária da General Motors.

Para desassossego de Yeda, essa doação não consta da prestação de contas da campanha dela.

No e-mail de setembro de 2006, Feijó anotou: "Recebi R$ 25 000 em cash da simpala (sic)".

Bordini respondeu: "Que sorte que o pacote não estava bem feito e tiveste que reforçá-lo. Agradeço os brindes que são de muito bom gosto e muito úteis".

Instado a se explicar, o ex-tesoureiro Bordini nega que tenha recebido os R$ 25 mil.

Pior: insinua que Feijó conduziu, durante a campanha, uma coleta “paralela”.

Abespinhado, o vice-governador emitiu, nesta segunda (18), uma nota.

No texto, Feijó reconhece que auxiliou na captação de verbas eleitorais.

Sustenta, contudo, que “Bordini era o responsável pela gestão financeira na campanha”.

Afirma que “cabia a ele a prestação de contas dos recursos captados e a conseqüente emissão dos recibos eleitorais”.

Ao partido, Feijó informou que dispõe de outros documentos que, se divulgados, aumentarão as labaredas que ardem sob Yeda.

O DEM deliberou que Feijó deve manter-se distante dos jornalistas.

A “munição” será guardada para utilização na CPI cuja criação parece cada vez mais iminente.

Rodrigo Maia (RJ), presidente nacional do DEM, disse ao blog que não vai interferir na posição a ser adotada pelo diretório gaúcho da legenda.

Disse ter liberado a seccional gaúcha para tomar a atitude que lhe parecer mais apropriada.

Fez apenas uma recomendação: “Peço que o partido não sirva, no Rio Grande do Sul, de trampolim para a candidatura de Tarso Genro”.

Ministro de Lula, Genro é o nome mais cotado do PT para a sucessão de Yeda. Deve medir forças com José Fogaça, do PMDB.

Feijó, o vice-problema de Yeda, tenta empinar sua própria candidatura. O mais provável, porém, é que o DEM se alie ao PMDB de Fogaça.

O PSDB se encaminha para a mesma solução. Em privado, a cúpula do tucanato reconhece que Yeda perdeu as condições políicas de disputar a reeleição.
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COMENTÁRIO: EM MATÉRIA DE GESTÃO DO DINHEIRO PÚBLICO, TODOS OS PARTIDOS SÃO IGUAIS. FARRA COM O DIM DIM.

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