Texto do Leonardo Ferrari. Blog aqui
“A direita tentou dar um golpe a cada 24 horas para não permitir que as forças democráticas pudessem continuar neste país. Foram oito anos de ataques, provocações e infâmias. Eu mandei dizer a essa elite: vocês mataram Getúlio (Vargas), obrigaram (João) Goulart a renunciar e o Jânio Quadros durou seis meses. Se quiserem me enfrentar, não vou estar no meu gabinete lendo o jornal de vocês. Estarei nas ruas conversando com o povo brasileiro!” – presidente Lula em comício no ginásio Gigantinho de Porto Alegre. Fonte: Leila Suwwan in O Globo, 30 de julho de 2010.
É verdade que “a elite” existe, é verdade que “a elite” é dona de jornais, é verdade que “a elite” luta pelo poder o tempo todo. Porém, não é verdade que “a elite” matou Getúlio Vargas, não é verdade que “a elite” obrigou João Goulart a renunciar, não é verdade que “a elite” fez Jânio Quadros durar seis meses. Pior que “a elite”, mais forte que “a elite” é o que o genial Sigmund Freud descobriu em sua clínica depois de 50 anos de trabalho diário escutando gente doída, gente quebrada, gente dividida, gente sofrida demais, e que denominou de “pulsão de morte”. O que é a pulsão de morte? É uma força avassaladora do sujeito contra si mesmo, uma força de ataque 24 horas por dia, trabalhadora sem descanso, nem dó nem piedade, uma força sabotadora, força sacaneadora, força que vai contra o ideal aristotélico de que o ser humano busca o bem, busca a felicidade. Errado. O ser humano busca se ferrar o tempo todo, se machucar, se perder, se danar – sem querer...querendo. Getúlio Vargas fez isso ao se tornar um ditador fascista, João Goular fez isso ao construir sem saber e sem querer – essa força é inconsciente – a sua própria queda e Jânio Quadros fez isso ao renunciar. Este, pelo menos, distinguiu vagamente o problema. Chamou de “forças terríveis” a autora de sua trapalhada. A pulsão de morte é esse terrível na cara, no dia-a-dia, à vista o tempo todo – porém, disso, o sujeito nada quer saber – prefere acreditar na genética, se entupir com comprimidos e se benzer com rezas. Senhor presidente: não se combate essa força indo falar com o povo brasileiro – que sofre do mesmo mal. Essa força, senhor presidente, só com análise. À disposição, senhor presidente.
É verdade que “a elite” existe, é verdade que “a elite” é dona de jornais, é verdade que “a elite” luta pelo poder o tempo todo. Porém, não é verdade que “a elite” matou Getúlio Vargas, não é verdade que “a elite” obrigou João Goulart a renunciar, não é verdade que “a elite” fez Jânio Quadros durar seis meses. Pior que “a elite”, mais forte que “a elite” é o que o genial Sigmund Freud descobriu em sua clínica depois de 50 anos de trabalho diário escutando gente doída, gente quebrada, gente dividida, gente sofrida demais, e que denominou de “pulsão de morte”. O que é a pulsão de morte? É uma força avassaladora do sujeito contra si mesmo, uma força de ataque 24 horas por dia, trabalhadora sem descanso, nem dó nem piedade, uma força sabotadora, força sacaneadora, força que vai contra o ideal aristotélico de que o ser humano busca o bem, busca a felicidade. Errado. O ser humano busca se ferrar o tempo todo, se machucar, se perder, se danar – sem querer...querendo. Getúlio Vargas fez isso ao se tornar um ditador fascista, João Goular fez isso ao construir sem saber e sem querer – essa força é inconsciente – a sua própria queda e Jânio Quadros fez isso ao renunciar. Este, pelo menos, distinguiu vagamente o problema. Chamou de “forças terríveis” a autora de sua trapalhada. A pulsão de morte é esse terrível na cara, no dia-a-dia, à vista o tempo todo – porém, disso, o sujeito nada quer saber – prefere acreditar na genética, se entupir com comprimidos e se benzer com rezas. Senhor presidente: não se combate essa força indo falar com o povo brasileiro – que sofre do mesmo mal. Essa força, senhor presidente, só com análise. À disposição, senhor presidente.
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