TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cidades

Imagem: Yerka
Texto de Valter Dubiela (arquiteto, mora no Canadá) escrito para o Factorama (blog em que também escrevo). Interessante para se pensar a Má-ringa (e também Porto Ferreira e também ....)

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Richard Florida propôs um indice de tolerância para avaliar a competitividade de cidades. Segundo ele, não basta que a cidade abrigue indústrias de tecnologia de ponta, como biotecnologia ou robótica, para competir com outros polos tecnológicos. Infraestrutura de transporte, comunicação, educação, cultura e lazer, não basta ter aeroporto, universidade, etc. são muito importantes para outros tipos de indústria, mais insuficientes para entrar no jogo da competição pelo desenvolvimento tecnológico. Além deste arsenal de apoio à produção industrial, a mão de obra criativa procura qualidade de vida. Tolerância, governância e abertura de espírito são alguns dos fatores que levam empresas que trabalham com o espírito criativo de seus funcionários a se instalarem ou não numa cidade.

Como calcular este índice? Florida elaborou dois índices, o primeiro, que ele chama de índice boêmio, mostra a força da produção cultural, seja com atividades de grande p­úblico quanto atividades underground e de vanguarda.

Um outro índice é o índice de diversidade social, que mede a tolerância pelo número de comunidades organizadas em função da origem étnica ou da opção sexual. Uma forte porcentagem de homossexuais e de representantes de diversidade étnica integrados socialmente indica que a cidade é tolerante e dinâmica. Ele cita como exemplo São Francisco que permitiu o desenvolvimento do Vale do Silício, e de Montréal, que concentra um polo de indústria aeroespacial.

Cidades impregnadas pour uma tradição de corrupção e desigualdade, culturalmente engessadas por um ranço exófobo e moralista, ou seja, com pouca abertura à diversidade social e sexual não atraem empresas de alta tecnologia simplesmente porque a mão-de-obra necessária à criação tecnológica prefere não viver em cidades com este perfil.O ponto paradoxal destes índices é que a competitividade entre cidades exige um tipo de cooperatividade entre grupos socio culturais diferentes dentro de uma mesma cidade. É esta capacidade de compreender as diferenças e de permitir manifestaçoes diversas de modo respeitoso e pacífico que expressa a qualidade da vida urbana e da sua dinâmica, e que a faz atrativa aos criadores. Para que uma cidade capitalista seja competitiva em mão-de-obra criadora de tecnologia de ponta, ela precisa demonstrar um mínimo de tolerância visando a cooperação na diversidade.
Florida é professor na Universidade Carnegie Mellon na Filadelfia e expoe seus argumentos no
The rise of the creative class (2002a, 2002b).

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COMENTÁRIO: Boa pesquisa. Isso explica porque Maringa se torna a Má-ringa. Cidade linda, com pessoas excelentes, mas políticos bem medianos. Que compram laptops sem licitação, que impedem funcionários de verem sites (porno ou não), que empregam parentes... ou donos de4 bares que expulsam homossexuais.... e blá blá. Ah, que fazem cruzadas contra os flanelinhas esquecendo-se dos flanelões.

Um comentário:

KathY CatherYne disse...

Tbm achei muito boa a pesquisa. É, eu sei q a Má-ringa passa longe de uma cidade ideal para receber mentes criativas.,., Não que não haja, por favor!!

KthY?

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