Do Blog da Mary, A feminista
Sua majestade, o poder judiciário. Aqui, tem assim. Uma semana acadêmica dedicada a cada curso e blá. Por exemplo. Uma semana pra enfermagem. E então a gente monta um negócio que chamamos de minicurso. E o aluno escolhe qual quer fazer e fica o dia inteiro fazendo e blá. Em cada sala de aula, tem um minicurso diferente. São 13 ao todo. Funciona melhor que palestra. Porque o número de alunos é bem menor. Daí quando tem alguém que é a rainha da cocada, faz palestra. Todo ano tem uma rainha da cocada e ela vai pro auditório e todos os alunos assistem. Esse ano, a rainha da cocada falava sobre catéter até onde eu pude entender. Quem define a rainha da cocada são os próprios alunos, a partir da demanda etc. É o maior evento da faculdade, a semana da enfermagem. Porque tem muito aluno. Diurno, noturno e turma do meio do ano. Tem tanta grana, o evento, que no final há um jantar na faixa pra todo mundo que participou. Professores vem de avião do Brasil inteiro. USP, UNICAMP e federais. Ano retrasado elas compraram equipamento pra UTI da cidade com o dinheiro. É super organizado o evento delas. Mas esse ano, as enfermeiras cometeram um erro. E um promotor público foi convidado para dar um minicurso. Sobre nem sei quê. Acho que maus tratos em criança. Aí chega o cara. E a coordenadora do curso o recebe, e eles vão pra sala de aula e ela diz:
"Este é o DOUTOR fulano de tal. Ele é PROMOTOR e tais e quais. Mora não sei onde e é ESPECIALISTA em não sei quê".
Ok? Não está ok. No dia seguinte ele vai até o promotor da minha cidade. E os dois, juntos, procuram o presidente da fundação educacional. Toca o telefone da coordenadora de enfermagem. Para ela ir até à sala do presidente da fundação. E lá, ela toma uma espécie de pito. Porque o tal promotor não considera que ele foi bem apresentado. Que o currículo dele não foi lido na íntegra. Que a palestra dele não foi no auditório. E mimimi mesmo. Que ele achava que isso e aquilo. Tá bom? Não, não está. Ele quer saber porque o currículo dele não foi lido. E a coordenadora diz que não estava com ele nas mãos. Porque o promotor chegou atrasado e a professora que iria apresentá-lo não estava ali. Porque estava procurando o cara pela faculdade. Manda chamar a professora. Uma mulher incrível. Fez metade do doutorado em Nova Iorque. Sabe tudo de terapias alternativas. Já assisti um curso dela de ayurvedica que foi algo. Ela é bem coroa já. E eu não sei o que e como foi dito. Porque não conversei ainda a respeito com ela. Mas ela chorou. O babaca fez essa mulher zen chorar. Por que vocês convidam essa gente?, foi a pergunta que eu fiz quando fiquei sabendo. Não vamos mais convidar, foi a resposta que me deram. Um outro enfermeiro, mais escaldado, explicou. Quando convidar alguém dessa área jurídica tem que fazer solenidade, vocês foram muito ingênuas. E elas foram mesmo. Agora que o promotor fosse voltar lá pra tentar cortar cabeças. Ninguém esperava mesmo. Ele foi tratado como um professor. Só isso que aconteceu.
Sua majestade, o poder judiciário. Aqui, tem assim. Uma semana acadêmica dedicada a cada curso e blá. Por exemplo. Uma semana pra enfermagem. E então a gente monta um negócio que chamamos de minicurso. E o aluno escolhe qual quer fazer e fica o dia inteiro fazendo e blá. Em cada sala de aula, tem um minicurso diferente. São 13 ao todo. Funciona melhor que palestra. Porque o número de alunos é bem menor. Daí quando tem alguém que é a rainha da cocada, faz palestra. Todo ano tem uma rainha da cocada e ela vai pro auditório e todos os alunos assistem. Esse ano, a rainha da cocada falava sobre catéter até onde eu pude entender. Quem define a rainha da cocada são os próprios alunos, a partir da demanda etc. É o maior evento da faculdade, a semana da enfermagem. Porque tem muito aluno. Diurno, noturno e turma do meio do ano. Tem tanta grana, o evento, que no final há um jantar na faixa pra todo mundo que participou. Professores vem de avião do Brasil inteiro. USP, UNICAMP e federais. Ano retrasado elas compraram equipamento pra UTI da cidade com o dinheiro. É super organizado o evento delas. Mas esse ano, as enfermeiras cometeram um erro. E um promotor público foi convidado para dar um minicurso. Sobre nem sei quê. Acho que maus tratos em criança. Aí chega o cara. E a coordenadora do curso o recebe, e eles vão pra sala de aula e ela diz:
"Este é o DOUTOR fulano de tal. Ele é PROMOTOR e tais e quais. Mora não sei onde e é ESPECIALISTA em não sei quê".
Ok? Não está ok. No dia seguinte ele vai até o promotor da minha cidade. E os dois, juntos, procuram o presidente da fundação educacional. Toca o telefone da coordenadora de enfermagem. Para ela ir até à sala do presidente da fundação. E lá, ela toma uma espécie de pito. Porque o tal promotor não considera que ele foi bem apresentado. Que o currículo dele não foi lido na íntegra. Que a palestra dele não foi no auditório. E mimimi mesmo. Que ele achava que isso e aquilo. Tá bom? Não, não está. Ele quer saber porque o currículo dele não foi lido. E a coordenadora diz que não estava com ele nas mãos. Porque o promotor chegou atrasado e a professora que iria apresentá-lo não estava ali. Porque estava procurando o cara pela faculdade. Manda chamar a professora. Uma mulher incrível. Fez metade do doutorado em Nova Iorque. Sabe tudo de terapias alternativas. Já assisti um curso dela de ayurvedica que foi algo. Ela é bem coroa já. E eu não sei o que e como foi dito. Porque não conversei ainda a respeito com ela. Mas ela chorou. O babaca fez essa mulher zen chorar. Por que vocês convidam essa gente?, foi a pergunta que eu fiz quando fiquei sabendo. Não vamos mais convidar, foi a resposta que me deram. Um outro enfermeiro, mais escaldado, explicou. Quando convidar alguém dessa área jurídica tem que fazer solenidade, vocês foram muito ingênuas. E elas foram mesmo. Agora que o promotor fosse voltar lá pra tentar cortar cabeças. Ninguém esperava mesmo. Ele foi tratado como um professor. Só isso que aconteceu.
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