TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Maringá: bela e também inculta!


O Messias Mendes publicou a carta que também recebi em meu Blog. Deixo o bom comentário dele e a carta da Professora Maria.
Prof. Maria disse...
"Justo um dia depois de um terrível acidente causado por um motorista embriagado ter matado 5 pessoas de uma família na estrada perto de Maringá, houve um outro acidente em Maringá envolvendo motoristas embriagados. Eu recebi por e-mail e repasso neste comentário. Se alguém tiver toda a descrição do acidente ajude a divulgar também porque a polícia não quis me passar pelo telefone. Fiquei sabendo que uma pessoa que estava no acidente é da imprensa e acho que por isso a polícia não informou.Encaminhado por embriaguez ao volante - a Polícia Militar compareceu à Rua Tabaetê, Jardim Tabaetê, em atendimento ao acidente de trânsito envolvendo o veículo Honda Civic, placas GPW 4112, conduzido por E.L., de 49 anos, e o veículo Gol, placas CWF 7358, conduzido por L.C.D., de 41 anos. Diante de indícios de embriaguez alcoólica, ambos foram submetidos a teste de alcoolemia, resultando para o condutor do veículo Honda Civic em valor superior ao permitido".
Do Messias:

Esse comentário , não entendi bem porque, veio a propósito da nota que postei ontem com o título Problemão. Devido ao apelo da pessoa que se identifica como professora Maria, decidi dar destaque ao texto, ao mesmo tempo em que aproveito para manifestar a minha contrariedade com o fato da Polícia Militar não divulgar o nome completo das pessoas envolvidas em delitos, ainda mais de trânsito. Acho que as iniciais só se justificam no caso de menores, porque assim a lei exige que seja. Quando alguém comete um crime, como dirigir embiragado, seja lá quem for, não há porque ter a proteção do anonimato. Se este alguém for um jornalista, então, aí é que tem que divulgar mesmo. Lembro a propósito, o ensinamento do saudoso Cláudio Abramo, uma das grandes referências éticas que o jornalismo brasileiro teve. Dizia ele, em A REGRA DO JOGO, meu livro de cabeceira:" Sou jornalista de profissão, mas gosto mesmo é de fazer cadeira. Minha ética de jornalista é a mesma ética do marceneiro. Não é porque eu sou jornalista que tenho o direito de sair por aí batendo carteira...".
Sempre achei que o cidadão não é cidadão respeitável apenas porque é jornalista, médico, advogado, juiz. Quem exerce a cidadania com responsabilidade e consciência dos seus direitos, mas também dos seus deveres para com a sociedade em que se insere, independe da profissão ou posição social para ser um cidadão ou uma cidadã respeitável. E ponto final.

Carta do advogado Avanilson Araújo sobre a violência policial que abateu os jovens vestibulandos em Maringá. Os jornais todos noticiaram a "baderna" dos meninos e meninas. Não noticiaram a baderna da eleições do PMDB local em que o PP tem uma chapa para concorrrer ao PMDB. Não noticiaram a baderna dos deputados maringaenses o Nishimori e a Cida Barros que votaram pela aosentadoria dos deputados do estado do paraná com o NO$$O dinheiro. êta cidade besta!
Juventude: provas,cerveja e cacetete
Uma aglomeração com milhares de jovens (potenciais estudantes universitários), carros, som alto, cerveja e diversão. Qual o problema? Afinal, trata-se da juventude, fase típica da rebeldia, da ousadia e das opções de vida. Pois é, durante os dias do vestibular da UEM este foi o cenário nas imediações da universidade, que reuniu milhares (milhares mesmo) de jovens buscando a diversão e a confraternização após as provas, mas para isso ocupando várias vias públicas no entorno.
Mas o que fazer com toda esta galera que “resolveu” se concentrar nos bares e repúblicas ali da região? A partir da “reclamação” de moradores inquietados com o som alto e com supostas brigas entre os jovens, o Estado ofereceu a única resposta que tem oportunizado para os jovens: o cacetete da polícia.
Ora, mas alguns poderiam objetar e dizer: ah, mas são filhos de “papai” querendo se divertir e impedir o direito de “ir e vir”: Nada mais falso. O que se viu naqueles dias foi uma pluralidade de “juventudes” que por falta de espaços públicos adequados e opções de diversão, não encontra alternativas a não ser ocupar vias públicas e externalizar seus hormônios e adrenalinas.
Qual o papel da universidade e do Diretório Central dos Estudantes neste processo? Qual o espaço ideal ou necessário para potencializar toda esta juventude numa diversão não hipócrita, como aquela que proíbe o consumo do álcool, mas ao mesmo tempo crítica e cultural?
A alienação a que foi submetida a juventude, torna visível sua incapacidade de estabelecer relações sociais concretas e sólidas, o que faz com que o vestibular se assemelhe com um carnaval fora de época. Falta um projeto cultural de inserção do jovem valorizando seu potencial e energia dessa fase da vida, pois, na UEM não há um espaço de convivência de acadêmicos que torne possível uma sociabilização desses jovens, de maneira que a única alternativa que grande parte opta é a reprodução da lógica da coisificação, da atrofia causada pela vontade de consumir, tão empobrecedora. E quem não se resigna é massacrado pelo consumismo que se torna mais fácil pela força da propaganda de convencê-lo da sua ineficiência caso não se comporte, ou, não obedeça, tal lógica.
Neste sentido, nem a universidade apresenta um espaço adequado, nem o Diretório Central dos Estudantes, em sua atual gestão, apresentam qualquer proposta de alternativa cultural para a juventude em disputa a uma vaga universitária. No máximo, reproduzem, no caso específico do DCE, um rito de diversão típico da sociedade de consumo: vender ingresso para festas em bares fechados com objetivo de lucro.
Qual diversão queremos? Certamente podemos afirmar que a de não estar de acordo com isso tudo, sendo mais uma banda numa propaganda de refrigerantes, ou, de cerveja, não importa, a finalidade é única: esquecer da opressão onde ela se mostra.
Por uma questão de opção do Estado a resposta mais fácil em relação à juventude é aquela que a exclui do acesso ao trabalho, à educação em todos os níveis e de forma pública, gratuita e de qualidade, além de privá-la de políticas de cultura que democratizem as possibilidades de externalização das diferenças, dos gostos musicais, de outras formas de arte e, em lugar de tudo isto, coloca o cacetete da PM como tutor da massa, afinal, foi isto o que se viu e se constatou naqueles dias, uma massa de jovens sem opções alternativas de lazer e cultura tutelados pelo braço armado do Estado, sob o pretexto de defesa e controle da ordem.
A hora é de construir alternativas e acreditar na rapaziada, como já dizia o querido e saudoso Gonzaguinha.
Avanilson A. Araújo, advogado e mestrando em Ciências Sociais-UEL,
e-mail: avanilson@hotmail.com
Hugo A. Alves Araújo, Graduando em Ciências Sociais – UEM,
e-mail: huguim_araujo@hotmail.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Edson Lima.

Anônimo disse...

É o "jornalista Edson Lima"

Braziu!

Braziu!

Arquivo do blog

Marcadores

Eu

Eu

1859-2009

1859-2009
150 anos de A ORIGEM DAS ESPÉCIES

Assim caminha Darwin

Assim caminha Darwin

Esperando

Esperando

Google Analytics