TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Viva a liberdade de ir e vir! Mais espaço, mais praças, calçadão e não calçadinha!


Gostei da blogagem coletiva hoje em Maringá. Uma idéia boa li neste post do Valter Dubiela, arquiteto e urbanista, paranaense que está atualmente no Canadá. Escreve no Factorama. A Avenida Brasil poderia ser um calçadão? Creio que vale pensar isto. O projeto das canaletas do prefeito SBII torna a avenida uma imitação barata de São Paulo.. Barata e feia. Por que não brindar o povo maringaense com mais calçada, sombra e água fresca? Um brinde à preguiça, leitura de jornal e cafezinho. Não, o prefeito gosta de poluição, barulho e feiúra. Além de dimuir o espaço dos cidadãos. Temos que lutar pela beleza, passeio... verde... Andye: parabéns pela iniciativa! parabéns aos blogueiros que aderiram à causa!

Leiam o que Dubiela escreveu:
O passeio aos pedestres!O projeto do centro de Maringá, feito por Macedo Vieira, previu as calçadas largas jamais vistas em outras cidades brasileiras. Talvez o mesmo desenho de calçadas tenha se repetido em Cianorte, também projetada por Macedo Vieira. Inspirando-se talvez do modelo de City-Garden, de Howard, e também para compensar a falta de espaço destinado aos pedestres, muitas cidades na Europa, impediram o tráfego de automóveis em trechos de ruas. Aos poucos, todo os núcleos históricos mais importantes tiveram o acesso de carros limitado, permitindo apenas os veículos públicos. Como resultado, a rua se tornou uma praça linear, onde as pessoas podem parar, escolher uma cadeira de um restaurante ou de uma bar, tomar um café e ler o jornal sem serem incomodadas pelo barulho dos veículos, podem olhar os passantes ou conversar tranquilamente. Nesses casos, a rua reassume a sua função urbana inicial como lugar democrático de encontro e de socialização, que foi reduzido à praça, após a invenção do automóvel. Infelizmente, a maior parte das praças de Maringá, no meio de rotatórias, pouco se prestam à socialização. São praças pouco acessíveis, ilhadas em meio ao tráfego, feitas para se olhar quando se circula de carro.No Brasil, o Lerner introduziu a idéia do calçadão quando fechou a XV de Novembro. Criticado e elogiado, muitas grandes cidades copiaram o modelo, e a idéia se mostrou uma solução interessante para centros degradados. Os mais diversos usos foram dados para estes espaços, dependendo do tipo de atividade que se desenvolvia nas edificaçoes lindeiras. Espaço cultural, de lazer, de feira, de gastronomia, de negócios, de circulação ou tudo isto junto, em revezamento ou simultaneamente. Voltando às calçadas de Maringá, se existe aí uma demanda de ocupação do passeio pelos comerciantes, (o que pode ser uma reivindicação justa), sugiro que se negocie o fechamento da rua aos veículos, para que os pedestres possam também usufruir da cidade com segurança (o que é certamente uma reivindicação igualmente justa). Deste modo, pode-se resolver dois problemas de uma só vez: desestimula-se o transporte particular poluente e devolve-se à rua seu caráter democrático e urbano.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Também achei o Dubiela um craque na blogagem coletiva.

Valter T. Dubiela disse...

Obrigado Balestra e Marta. Acho que varias avenidas poderiam ser pensadas como calçadao. Eu sugiro doi eixos ortogonais. Um deles é a Getúlio Vargas, que ja tem dois trechos destinados exclusivamente aos pedestres.
O outro é a Horacio Racanello, mas, estes eixos deveriam estar integrados à um projeto mais amplo de interligaçao do serviço de transporte coletivo, incluindo onibus ou bondes eletricos, ciclovias e serviços públicos.
É este projeto que ainda nao está claro, para que a populaçao possa discutí-lo e defender seus interesses.
O que é evidente, é a pol­itica de loteamento do patrimonio público (calçadas inclusive) aos interesse particulares, em detrimento da maior parte da populaçao.

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